A Polícia Federal cumpre na manhã desta quarta-feira mandados de prisão preventiva contra os ex-governadores do Rio Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho,
ambos do PR. Eles são acusados, ao lado de outras seis pessoas, de
integrarem uma organização criminosa que arrecadava recursos de forma
ilícita com empresários com o objetivo de financiar as próprias
campanhas eleitorais e a de aliados, inclusive mediante extorsão. Uma
das pontas do esquema foi revelada pelo delator Ricardo Saud, diretor de
Relações Institucionais da JBS, que contou, em depoimento na
Superintendência da PF no Rio no dia 24 de agosto, que repassou R$ 2,6
milhões, via caixa dois, à campanha de Garotinho ao governo do estado em
2014.
O dinheiro da JBS, segundo Saud, fazia parte de um montante de R$ 20
milhões usado pela empresa para comprar o apoio do PR ao PT na eleição
de 2014. Os recursos representavam uma “poupança” referente a benefícios
irregulares conquistados pela empresa, como linhas de crédito no BNDES.
Garotinho e Rosinha são acusados ainda de corrupção passiva,
extorsão, lavagem de dinheiro e pelo crime eleitoral de omitir doações
nas prestações de contas. Há ainda um mandado de prisão contra o
ex-ministro dos Transportes Antônio Carlos Rodrigues, presidente
nacional do PR. A investigação aponta que ele intermediou o repasse
ilícito à campanha do ex-governador em 2014.
*Do Jornal Extra veja aqui.
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