No próximo dia 3 começa a segunda
etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa, no Ceará. A
novidade é que deverão ser imunizados apenas os animais de até 24 meses,
mas os criadores precisam declarar a quantidade total do rebanho para
atualização cadastral. A coordenação estadual anunciou a expectativa de
que em 2020 o Estado seja considerado livre da doença sem vacinação.
O esforço do governo do Ceará é
antecipar em dois anos a obtenção de status de retirada total da
vacinação contra a febre aftosa, ou seja a imunização do rebanho de
bovinos e bubalinos seria realizada até novembro de 2020. Recentemente, o
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) iniciou os
trabalhos do Plano Estratégico de Erradicação e Prevenção da Febre
Aftosa (PNEFA), que prevê a retirada total da vacinação no país até
2023.
"Estamos confiantes e acreditamos
que o Ceará poderá alcançar esse posicionamento dois anos antes",
observou o coordenador estadual da campanha de erradicação da febre
aftosa e gerente de sanidade animal da Agência de Defesa Agropecuária
(Adagri), Joaquim Sampaio. "Vai depender da adesão dos criadores para
que o Estado continue alcançando a meta ".
A partir do próximo dia 3, a Adagri e
a Ematerce por meio de seus escritórios regionais e municipais começam a
divulgar a segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre
aftosa. "Com certeza vamos alcançar novamente a meta de imunizar 90% do
rebanho e com a novidade de que serão apenas os animais com até 24
meses", pontuou Sampaio.
A segunda etapa da campanha de
vacinação contra a febre aftosa no Ceará será encerrada n dia 2 de
dezembro e, nos moldes das etapas de anos anteriores, não haverá
prorrogação do prazo. "Mesmo vacinando somente os animais de até 24
meses, os criadores deverão comparecer aos escritórios da Adagri e
declarar a quantidade de animais para atualização de cadastro do
rebanho", frisou o coordenador estadual da campanha. O prazo de
informação vai até 15 dias após o término da campanha.
O Ceará precisa, portanto, cumprir
pelo menos seis fases até alcançar a condição de área livre de aftosa
sem vacinação. Já está definido que, a partir desde ano, a primeira
etapa que ocorre em maio inclui todos os animais, independentemente de
idade e a de novembro alcança apenas o rebanho de até 24 meses. Para
cada edição, a meta de vacinação é 90% para os animais e de 80% de
unidades criadoras. Na campanha anterior, o Ceará alcançou 92% de
vacinação do rebanho de bovinos estimado em 2,5 milhões de cabeça em 143
mil propriedades rurais.
Em 2013, o Ceará foi reconhecido
pelo Mapa e em 2014 pela Organização Internacional de Saúde Animal (OIE)
como zona livre de aftosa com vacinação. Esse status permite ao
produtores negociar com outras unidades da federação e até com outros
países a venda de animais bovinos, bubalinos e de produtos derivados.
O Departamento de Saúde Animal (DSA)
do Mapa iniciou, no último, no dia 25, em Porto Velho, os trabalhos do
Plano Estratégico de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA),
que prevê a retirada total da vacinação no país até 2023.
Agentes de defesa agropecuária dos
estados e alguns produtores participaram da mobilização. Segundo o
diretor do DSA, Guilherme Marques, "foram superadas as expectativas de
adesão dos governos e da iniciativa privada, pois todos se
conscientizaram que os prazos para a execução das etapas do PNEFA são
curtos". Guilherme Marques frisou que a decisão de retirada gradual da
vacinação contra a aftosa já foi tomada e que "é preciso atender aos
requisitos sanitários para obter o reconhecimento da OIE de país livre
da doença sem vacinação.
As diretrizes básicas preveem gestão
compartilhada entre governos e iniciativa privada; aperfeiçoamento das
capacidades do Serviço Veterinário Oficial (SVO); regionalização das
ações; sustentação financeira; adequação e fortalecimento do sistema de
vigilância; agilidade e precisão no diagnóstico; previsão de imunógeno
(partícula, molécula estranha ou organismo capaz de induzir uma resposta
imunológica) para emergências veterinárias; cooperação internacional e
educação em saúde animal.
O País foi dividido em cinco blocos,
para a transição de área livre da aftosa com vacinação para sem
vacinação. São Eles: Bloco I, Acre e Rondônia; o Bloco II: Amazonas,
Amapá, Pará e Roraima; o Bloco III: Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba,
Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte; Bloco IV: Bahia, Distrito
Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo,
Sergipe e Tocantins, e; Bloco V: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Diário do Nordeste
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