Até esta segunda-feira, 19, as chuvas no Ceará somam 153 milímetros,
segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos
(Funceme). A média histórica, calculada entre 1981 e 2010, aponta 118.6
mm. Portanto, o volume esperado para o mês todo já superado é de 29%,
número que traz esperança para o cearense, já que a expectativa é de
precipitações ainda mais fortes a partir desta segunda quinzena no mês,
segundo o órgão.
Desde o início da atual seca no Estado, em 2012, o mês de fevereiro
apresentou índices acima da média apenas em 2012 (16,4%) e 2017 (34,8%).
De acordo com o monitoramento da Funceme, as chuvas nos demais anos
estiveram abaixo do esperado 2013 (-48,1%); 2014 (-22.5%); 2015 (-18.9%)
e 2016 que registrou a menor pluviometria do período (-55.2%).
O volume de chuvas em fevereiro confirma o prognóstico da Funceme que,
pela primeira vez em uma década, previu chuvas acima da média histórica.
A expectativa é de precipitações mais intensas em março.
Entre a manhã de domingo e segunda-feira, 18 e 19, 129 cidades registram
chuva, no Estado. Os municípios que acumularam maior índice de
precipitação foram Hidrolândia, Caririaçu e Crateús, com 70, 67 e 65
milímetros, respectivamente. Em Fortaleza, o maior registro de
precipitação foi no posto pluviométrico do Pici, com 13,4 milímetros.
Fenômeno
Para esta terça-feira, 20, a previsão é de nebulosidade e chuva em todas
as regiões do Ceará. A zona de Convergência Intertropical (ZCTI) é a
principal causadora de precipitações no Estado.
A quadra chuvosa costuma ser mais intensa em março, quando a Zona de
Convergência Intertropical (ZCIT) está mais ao Sul da Linha do Equador.
Na verdade, existem duas altas pressões atmosféricas, uma do Oceano
Atlântico Norte e outra do Sul. Elas empurram os ventos alísios (vento
constante e úmido que tem ocorrência nas zonas subtropicais em baixas
altitudes) em direção ao Equador. Esse encontro é o que forma a ZCIT.
No mês de março, a alta pressão do Oceano Atlântico Norte é mais forte e
acaba empurrando com mais força os ventos alísios que vêm do Hemisfério
Norte em direção ao Equador.
Quando isso ocorre, os ventos acabam se encontrando mais abaixo da
Linha. Eles se encontram e sobem na atmosfera, levando a umidade para
cima e formando as nuvens de chuva.
Se a temperatura do mar, que é a fonte de umidade da atmosfera, está
mais quente, então há mais evaporação da água. O encontro de ventos
nessa área facilita ainda mais que a água evaporada suba para atmosfera,
se resfrie e forme as nuvens.
O POVO Online
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