Os ataques registrados em Fortaleza e Região Metropolitana na madrugada
desta quinta-feira, 3, podem ser uma represália à fala do novo
secretário de Administração Penitenciária (SAP), Luís Mauro Albuquerque,
na avaliação do presidente do Conselho Penitenciário do Estado do Ceará
(Copen-CE), o advogado Cláudio Justa, em entrevista nesta quinta-feira,
3, ao Sistema Verdes Mares.
“Sem dúvida. Essa declaração prejudica a organização e o trabalho que é
realizado pelos agentes dentro dos presídios. Fato como esses, no caso, a
fala soa muito ruim. Essa ideia soa como uma ameaça”, explica Cláudio
Justa. Ele ressalta, no entanto, que as investigações não foram
concluídas.
No dia da posse, Luís Mauro afirmou que não reconhece facção criminosa
no Ceará e que é contra a separação dos detentos por facção criminosa.
"Eu não reconheço facção. O Estado não deve reconhecer facção. A lei não
reconhece facção”, afirmou.
De acordo com Justa, o Governo do Ceará precisa trabalhar com cautela para não gerar repercussões negativas.
“O governo precisa ter cautela para não abrir uma confusão. A fala dele
teve repercussão negativa e isso gera preocupação”, disse.
Justa alertou também para as péssimas condições de trabalho vividas
pelos agentes penitenciários. Segundo ele, a quantidade de agentes é bem
inferior para a demanda existente de presos nas penitenciarias.
“Se dentro das unidades o efetivo de segurança não for aumentado
dificilmente os confrontos internos serão evitados. Trinta agentes para
controlar 900 ou 2 mil presos é humanamente difícil”, afirmou.
Diário do Nordeste
Não é bem assim, não falou a verdade, e certo que é reduzido o nunúme de agentes mas por outro lado, dos poucos que tem, trabalham em escalas de 12X72, ou seja, trabalham um dia e folgam tres e tem mais quando nas 24 horas, dividem a hora, nem todos estão no plantop, dividem a carga horária, muitas vezes ja à partir das 18hs, todos se recolhem e fica só um.
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