Profissionais com registro no Brasil têm até as 23h59 de hoje (7)
para se inscrever no Programa Mais Médicos. O edital, lançado no último
dia 20, oferta, ao todo, 8.517 vagas para atuação em 2.824 municípios e
34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) que antes eram
ocupadas por médicos da cooperação com Cuba.
De acordo com o Ministério da Saúde, até ontem (6), 3.721 médicos já
haviam confirmado presença nos municípios onde vão trabalhar. Os números
mostram ainda que pelo menos 123 vagas continuam disponíveis. Os
profissionais têm até a próxima sexta-feira (14) para se apresentar nos
locais de trabalho.
Problemas
As inscrições chegaram a ser prorrogadas devido à instabilidade do site
do Mais Médicos, causada, segundo a pasta, por ataques cibernéticos
identificados desde o primeiro dia de inscrição. O sistema recebeu mais
de 1 milhão de acessos simultâneos no momento da abertura das inscrições
– mais que o dobro do total de profissionais em atuação no Brasil.
Desistência
Na última terça-feira (4), 200 médicos desistiram de trabalhar no
programa. O principal motivo, de acordo com o ministério, é a
incompatibilidade de horário com outras atividades. O programa exige uma
carga de 40 horas semanais em equipe de Saúde da Família. Outra parte
dos profissionais informou que entrou em residência médica, recebeu nova
proposta de trabalho ou teve problemas pessoais.
Novo edital
Durante audiência pública na Comissão Mista de Orçamento, no Senado, o
ministro da Saúde, Gilberto Occhi, disse ontem (6) que o governo tem um
plano B para completar as vagas remanescentes. Segundo ele, no próximo
dia 17 será publicado novo edital do Mais Médicos, com vagas para
brasileiros formados no exterior e estrangeiros.
“O edital do Programa Mais Médicos é uma seleção para ocupação de
vagas de profissionais nos municípios. Assim como todo processo
seletivo, os participantes têm autonomia para assumir ou não a vaga
selecionada. Em caso de necessidade, o ministério fará novas chamadas
até que se complete o quadro de vagas”, informou a pasta.
Agência Brasil
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