Cuba anunciou neste domingo, 18, que os mais de 8.000 médicos do país
que prestam serviços no Brasil retornarão antes do fim do ano, após
suspender a participação desses profissionais no programa “Mais
Médicos”.
Autoridades dos ministérios de Saúde Pública (Minsap) e do Transporte
cubanos informaram que foi feito um plano para o regresso “ordenado e
seguro” dos médicos que começará no final da próxima semana e deve
terminar em meados de dezembro, segundo informou a imprensa estatal.
Apesar disso, na última quinta-feira, 15, retornou do Brasil um primeiro
grupo de 196 médicos cubanos, um dia depois de o Governo do país
anunciar a decisão de retirar os especialistas em resposta a
pronunciamentos do presidente eleito, Jair Bolsonaro, que questionou a
sua preparação e condicionou sua estadia no programa “à revalidação do
título”, entre outras mudanças.
O vice-ministro do Transporte, Eduardo Rodríguez, explicou que todos os
colaboradores da área de saúde retornarão por via aérea até o aeroporto
internacional José Martí de Havana e de lá serão levados para suas casas
nas diferentes províncias do país.
Além disso, Rodríguez disse que terão assegurado o envio de todos os
seus pertences, tanto no caso da bagagem como de artigos que enviem
através de entidades operadoras de carga cubana por via aérea ou
marítima, as quais uma vez em Havana serão extraídas no menor tempo e
estarão livres de pagamento de tarifas.
Após o regresso ao país caribenho, os médicos terão o emprego garantido,
assim como a possibilidade de prestar seus serviços em outras nações
onde Cuba tem profissionais da saúde, segundo explicou o diretor da
Unidade Central de Cooperação Médica do Minsap, Jorge Delgado Bustillo.
Além disso, ele afirmou que enquanto esperam seu regresso para Cuba, os
voluntários “continuarão dando assistência à população brasileira”,
segundo um boletim da “Agência Cubana de Notícias”.
A participação dos médicos cubanos no projeto “Mais Médicos” começou em
2013 no mandato da então presidente brasileira Dilma Rousseff com o
objetivo de garantir o atendimento de saúde a comunidades desfavorecidas
em favelas e regiões pobres e afastadas do país.
Agência EFE
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