BRASÍLIA - Indicada na última semana pelo ministro da Educação, Ricardo
Vélez
Rodríguez, para assumir a Secretaria Executiva da pasta,
Iolene Lima
anunciou pelas redes sociais que foi demitida. Com isso, será a terceira
troca de titular para o posto de "número 2" em apenas dez dias. O
novo ocupante do cargo ainda não teve o nome divulgado.
Na semana passada, Vélez Rodriguez confirmou que Iolene, ligada a
escolas evangélicas e que estava no ministério como diretora de
capacitação desde o início do governo, assumiria o posto. Mas sua
nomeação não saiu. O nome de Iolene enfrentou resistências na Casa
Civil, que disputa, com aliados do governo, a indicação de cargos na
estrutura da Educação.
"Hoje, após uma semana de espera, recebi a informação que não faço mais
parte do grupo do MEC. Não sei o que dizer, mas confio que Deus me
guardará e guiará!", afirmou em seu perfil no Twitter, ativado desde que
foi anunciada como secretária-executiva. Ela desejou "o melhor" para o
presidente Jair Bolsonaro e para Vélez.
Em tom de desabafo, Iolene fez questão de ressaltar na mensagem que
deixou a direção de um colégio que ajudou a fundar há cinco anos para
aceitar o convite de "servir ao país" e que, mesmo "diante de um quadro
bastante confuso na pasta", topou o convite para "a nova função",
referindo-se ao cargo de secretária-executiva.
A indicação de Iolene foi anunciada por Vélez após a queda
consecutiva de outras duas pessoas do posto de secretário-executivo:
Luiz Tozi, que estava no posto desde o início do governo, e Rubens
Barreto da Silva. A demissão dos dois está no centro de uma briga entre
os seguidores do escritor Olavo de Carvalho, que ocupam cargos no MEC, e
outros grupos da pasta, como a ala técnica e militar.
O GLOBO
Nenhum comentário:
Postar um comentário