Cinco suspeitos de participar da
Chacina das Cajazeiras foram presos, ontem, durante enterro de um homem
morto em confronto com a Polícia Militar, nos arredores do bairro onde o
massacre foi registrado. Conforme a Divisão de Homicídios e Proteção à
Pessoa (DHPP), os integrantes da quadrilha podem ter participação nas 14
mortes.
Dentro de um cemitério particular,
na Pacatuba, Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), a Polícia Militar
localizou João Paulo Nogueira, Lucas de Sousa Teixeira, Ronaldo de
Oliveira Castro, Victor Matos de Freitas e Elias Gadelha. Todos maiores
de idade. Com o bando, foram encontradas três armas de fogo e vasta
quantidade de munições.
Outros dois homens chegaram a ser
levados à DHPP, mas, na sede da Especializada, a participação da dupla
foi descartada. O comandante da Área Integrada de Segurança (AIS) 12,
tenente-coronel Océlio Alves, lembra que as capturas só foram possíveis
após recebimento de denúncias anônimas.
Em coletiva na noite de ontem, o
diretor da Divisão de Homicídios, delegado Leonardo Barreto, afirmou que
a quadrilha presa disse pertencer a uma facção criminosa. Para a
Polícia Civil, de início, foi verificado que os cinco presos estariam
ligados à Chacina das Cajazeiras.
"Todos eles estavam armados. Já
instauramos inquérito policial e temos equipe específica para atuar
nesse caso. Exames estão sendo solicitados. Três carros foram
apreendidos. Após isso poderemos afirmar de forma categórica o papel de
cada um deles", disse Leonardo Barreto.
Somada a primeira prisão realizada
no último sábado (27), a Polícia mantém encarcerados seis suspeitos de
envolvimento na maior matança já registrada no Estado. A Secretaria da
Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) não informou se entre os
detidos está o trio que ordenou o ataque.
Respostas
O titular da SSPDS, André Costa,
afirmou que, além da investigação, ações de policiamento ostensivo vem
sendo realizadas na tentativa de evitar crime semelhante. "Estamos aqui
incansavelmente para dar resposta à população. Essa será a maior ação de
combate ao crime organizado no Estado. A gente sempre vem trabalhando,
mas diante do que foi feito, é preciso dar uma resposta rápida", disse o
secretário acrescentando não poder antecipar as próximas diligências.
Para o presidente do Sindicato dos
Policiais Civis do Ceará (Sinpol-CE), Lucas Oliveira, as prisões de
"pirangueiros não surtirão efeito na Segurança Pública do Ceará".
Oliveira avalia que para promoverem real sensação de segurança nas ruas,
são necessárias as prisões de quem financia o tráfico de drogas no
Estado.
DN
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