O vai e vem da reforma previdenciária. O Governo Federal tenta criar uma
sintonia com a base aliada para acelerar a votação da PEC 287 que
institui novas regras para a concessão de aposentadoria e pensões. O
Palácio do Planalto quer aprovar as mudanças ainda neste primeiro
semestre, mas, entre aliados e, especialmente, opositores, a PEC pode
ficar para o segundo semestre. Para diminuir a rejeição ao projeto, o
Governo, segundo reportagem do Jornal Valor, edição desta terça-feira,
desistiu de igualar a idade de 65 anos para homens e mulheres se
aposentarem.
Com mais divergências, o relator da reforma da Previdência, deputado
Arthur Maia (PPS-BA) adiou para a próxima semana, dia 12, a apresentação
do relatório na comissão especial que discute o tema. Havia uma
previsão de que o documento fosse entregue ainda nesta semana. A decisão
do relator faz com que o texto somente seja aprovado pela comissão
depois do feriado da Semana Santa. Maia disse que ainda precisa discutir
a proposta com 15 bancadas.
O relator reconheceu a forte resistência à Proposta de Emenda
Constitucional (PEC) 287, mesmo depois das audiências nas comissões e
conversas do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. ‘’O que estamos
fazendo (ao conversar novamente com as bancadas) é uma homenagem aos
deputados’’, expôs relator. A proximidade das eleições de 2018 é o maior
problema para o governo aprovar as alterações nas regras
previdenciárias.
O presidente Michel Temer tenta diminuir as resistências a PEC 287 e
decidiu manter a mesma idade para as mulheres se aposentarem. Uma
reportagem do Jornal Valor, edição desta terça-feira, revela que o
Governo Federal desistiu de igualar a idade mínima (65 anos) para homens
e mulheres se aposentarem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário