Erro de execução. Esta é a hipótese que norteia as investigações das
autoridades policiais acerca do atentado a tiros sofrido na tarde desta
segunda-feira (10) pela fisioterapeuta e ex-secretária de Saúde do
Município de Paraipaba, Márcia Clébia Costa. Ela foi atingida a tiros na
cidade de São Luís do Curu (a 79Km de Fortaleza). O alvo dos
pistoleiros, na verdade, seria a prefeita daquele Município, Carolina de
Araújo Ramalho Pequeno, a Carol Ramalho.
As informações dão conta de que a trama para o atentado contra a gestora
teve seu primeiro ato ainda na manhã de segunda-feira, quando um
homem ligou para a Prefeitura se dizendo jornalista e que pretendia
fazer uma entrevista com Carol. Foi, então, marcado o horário, 16
horas.
À tarde, a mesma pessoa teria ligado já para saber quando seria recebida
pela prefeita. No entanto, o marido de Carol teria informado que ela
não estava na sede da Prefeitura. Diante disso, os assassinos teriam
passado a procurá-la na cidade, indo parar no prédio da Secretaria de
Saúde, onde teriam confundido Carol com Márcia Clébia.
Tiros
A fisioterapeuta foi atingida quatro vezes, sendo um tiro de raspão na
cabeça, além outros nas mãos, braços e no abdome. Ela foi transferida
para Fortaleza e internada no Instituto Doutor José Frota (IJF-Centro).
Segundo informações do hospital, a paciente não sofre risco de morte.
Já a prefeita e o marido estão em pânico e temerosos diante do fato. O
casal não sabe a quem atribuir a ordem para o atentado, mas não descarta
que o crime tenha motivação política.
Carol Ramalho, 35 anos, foi eleita, no ano passado com 6.160 votos, o
que representou 61,22 por cento dos sufrágios do eleitorado de São Luiz
do Curu. Ela é filiada ao Partido da República (PR) e encabeçou a chapa
da coligação “A Mudança que o Curu precisa”.
Entre 2016 e 2017, pelo menos, nove políticos foram mortos no Ceará.
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