A possibilidade de o governo de Michel Temer (PMDB-SP) não conseguir
atravessar a turbulência da delação premiada da empreiteira Odebrecht
passou a ser considerada e discutida entre lideranças de partidos
diversos como o PSDB e o PT.
Alternativas a Temer passaram a ser aventadas e até nomes que poderiam
ser eleitos pelo Congresso Nacional, num pleito indireto, em 2017, são
citados.
Entre eles está o de Fernando Henrique Cardoso e até o de Nelson Jobim, ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal).
Jobim, que foi ministro dos governos FHC, Lula e Dilma, teria a vantagem
de circular por todos os principais partidos, conseguindo um mínimo
consenso em caso de crise extrema. E um problema: ele foi contratado
pela Odebrecht e atuou como consultor da empresa quando ela começou a
ser investigada na Operação Lava Jato.
Em 2017, no entanto, a Odebrecht já teria encerrado a delação, com o pagamento de pesadas multas e a punição de seus dirigentes.
No coração
As dúvidas em relação à capacidade de o governo Temer aguentar o
maremoto que se anuncia surgiram depois de informações de que a delação
da empreiteira pode atingir os três principais auxiliares do presidente:
Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil, Geddel Vieira Lima, da
Secretaria de Governo, e Moreira Franco, do Programa de Parcerias de
Investimentos. O próprio Temer estaria citado.
A delação, que deve ter mais de uma centena de parlamentares citados,
pode incluir também o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), segundo pessoa próxima às negociações da empresa com o
Ministério Público Federal. Ele não se manifesta.
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