Após ter perdido a gerência na construção emergencial de dez adutoras de
montagem rápida, o Governo do Estado teve de tomar providências em
cidades à beira do colapso hídrico que deveriam já estar sendo
beneficiadas pelas obras — agora responsabilidade do Departamento
Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs).
Localidades que deveriam ser beneficiadas por três das dez adutoras
que seriam construídas com dinheiro da União (as comunidades de Mineiro,
em Jaguaribara, e Guassussê, em Orós, e o município de Ocara) receberam
as obras, mas feitas com dinheiro do Estado. Nas duas últimas, adutoras
foram construídas com tubos remanescentes de outros projetos.
Além
desses locais, em Iracema, Apuiarés e Pereiro, a situação hídrica
preocupante também causa a possibilidade de haver investimentos
estaduais. Conforme o titular da Secretaria dos Recursos Hídricos (SRH),
Francisco Teixeira, as adutoras tinham prazo inicial para entrega até
dezembro deste ano.
O projeto das adutoras foi aprovado em
maio. Em agosto, o Ministério da Integração Nacional mudou a gestão de
obras hídricas que recebem recursos federais. Tirou o controle dos
estados e passou para o Dnocs. Teixeira aponta que os estudos que tinham
sido desenvolvidos pela pasta foram repassados ao órgão federal.
“Estamos
aguardando como vão desenvolver essas ações. De qualquer forma, não
estamos esperando pelo Governo Federal, nem por qualquer instituição. Em
questões da União, em qualquer governo, existe toda uma burocracia a
ser vencida. Decidimos que vamos resolver dentro de casa mesmo. Já
passou o tempo de esperar”, afirmou o secretário.
Conforme o Dnocs, os tubos para a montagem dos equipamentos de responsabilidade do órgão começaraim a ser entregues até ontem.
Já feito
Em
Guassussê, foi feita adutora que liga o açude Orós ao Lima Campos. A
construção foi imposta como contrapartida quando do acordo de liberação
da água do Orós para o Castanhão, para abastecimento de Fortaleza, no
Fórum Cearense dos Comitê de Bacias Hidrográficas. Já em Ocara, a
construção da adutora de 4 km está em curso.
Em Mineiro, a
saída foi a perfuração de poços que têm sido suficientes, por ora, ao
abastecimento do distrito. A comunidade fica ao lado do açude Castanhão e
há anos reivindica ser abastecida com água do açude. As obras são
feitas em parceria entre a Superintendência de Obras Hidráulicas
(Sohidra), a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) e
Cagece.
Frase
DE QUALQUER FORMA, NÃO ESTAMOS ESPERANDO PELO GOVERNO FEDERAL, NEM POR QUALQUER INSTITUIÇÃO”
Francisco Teixeira, secretário estadual dos recursos hídricos
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