A Polícia Civil de Santa Quitéria continua investigando mais detalhes e
dando seguimento a um inquérito aberto na semana passada, sobre golpes
aplicados por um instituto de educação superior, após conceder 23
diplomas sem validade para estudantes de educação física, da cidade de
Hidrolândia.
Na tarde desta quarta-feira (25), compareceu na Delegacia, o diretor do
Instituto Formar (novo nome do Instituto de Formação Superior do Ceará),
Oliveira Rodrigues Pereira, acompanhado de seu advogado, José Inácio
Linhares.
Algumas das estudantes denunciantes também estiveram no local, e
acompanharam o depoimento, que durou pouco mais de uma hora. Oliveira,
que demonstrava nervosismo e insegurança a todo o tempo, saiu junto com
José Inácio, sem falar com a imprensa.
Informações colhidas pelo A Voz de Santa Quitéria dão conta de
que o diretor teria proposto às vítimas, resolver a situação dos
diplomas junto à Faculdade de Educação Física de Barra Bonita, no
interior de São Paulo, a mesma instituição que confirmou ao CREF5 que os
alunos não estudaram lá, ratificando os golpes.
Ouvido pela reportagem, o advogado de defesa das vítimas, Emerson
Mesquita, afirmou que as ações judiciais já foram movidas contra o
Instituto, que também aplicou a mesma prática contra um curso de Serviço
Social na mesma cidade, tendo, inclusive, já sido condenado a pagar
quase R$ 30 mil por aluno.
Entenda o caso
Durante quatro anos, 23 jovens cursaram bacharelado em Educação Física
pelo IFESC, tendo concluído em dezembro de 2017, colado grau em maio de
2018 e recebidos os diplomas em dezembro do mesmo ano, pela FAEFI
(Faculdade de Educação Física de Barra Bonita).
Com o diploma em mãos, alguns deles buscaram o CREF5 (Conselho Regional
de Educação Física da 5ª Região), com sede em Fortaleza, para emitir o
seu registro profissional.
Para a surpresa dos formados, o diploma não foi aceito, haja vista que a
FAEFI não possuía credenciamento do MEC para ensino a distância, além
da confirmação feita pelo CREF5 junto à referida faculdade, de que os
alunos não estudaram na instituição.
A Voz de Santa Quitéria
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