O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) deixou de ser
uma companhia, tornou-se batalhão e mudou de nome. Ele passa a se
chamar Batalhão de Operações Especiais (Bope). A alteração, conforme
fonte informou ao O POVO Online, ocorreu devido à mudança de companhia
para batalhão. Atualmente, o Ceará possui quatro batalhões de choque,
modelo que também é adotado em São Paulo.
O POVO Online apurou com fonte da Polícia Militar que o
nome Bope foi escolhido por se tratar de um grupo que realiza missões
específicas. São ações de gerenciamento de crise e ocorrências que
necessitam da técnica de operações especiais. Até então, o Gate era uma
companhia integrante do Batalhão de Choque. Ao tornar-se batalhão, ganha
independência. Ao todo, quatro companhias da Polícia Militar do Ceará
se tornaram batalhões.
O nome Bope é cercado de carga simbólica. Em particular
pelo batalhão existente no Rio de Janeiro e que está na linha de frente
das mais perigosas operações contra o tráfico nos morros. Os
integrantes, no Rio, são chamados de "caveiras". O batalhão é retratado
nos filmes Tropa de Elite, de José Padilha.
Atribuições e Lei de Organização Básica
As mudanças na organização da PM foram oficializadas no
Diário Oficial e no Boletim de Comando Geral, o último deles de 20 de
março de 2019. Além da mudança de Gate para Bope, é definido o papel de
outros batalhões:
O 1º BPChoque da PMCE tem como
atribuições o patrulhamento motorizado de alto risco da Capital e Região
Metropolitana, segurança pessoal do secretário da Segurança Pública e
Defesa Social, do secretário executivo da SSPDS, do coronel comandante
da PMCE, do subcomandante geral da PMCE e do diretor de planejamento e
gestão interna da PMCE.
O 2º BPChoque une Controle de Distúrbios Civis, patrulhamento com cães e eventos em todo o Estado.
O 3º BPChoque, conforme o documento,
atua em ocorrências de altíssimo risco, com retomada de reféns,
ocorrências com explosivos e gerenciamentos de crises e demais operações
de alta complexidade.
O 4º BPChoque executa o policiamento ostensivo rural de alto risco e atua também com policiamento especializado das divisas do Estado.
Essas mudanças fazem parte da Lei de Organização Básica
da Polícia Militar do Estado do Ceará, que alterou a estrutura
organizacional e dispõe sobre os cargos de provimento em comissão.
O POVO
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