Jovens do ensino médio de escolas públicas, entre 15 e 18 anos, com
perfil de liderança e que promovem trabalhos voluntários em suas
comunidades podem se candidatar a uma das 50 vagas da 17ª edição do
Programa Jovens Embaixadores, promovido pela Embaixada dos Estados
Unidos. Os selecionados terão a oportunidade de fazer um intercâmbio de
três semanas nos Estados Unidos.
De acordo com o conselheiro de Educação da embaixada, Erik
Holm-Olsen, o desafio do programa, que começou em 2003, é escolher
apenas 50 entre tantas histórias inspiradoras. No ano passado, foram 24
mil inscritos. “São jovens muito talentosos. Tiramos os melhores dos
melhores. São jovens que já fazem a diferença e queremos que continuem
se destacando”, comentou.
Os candidatos que quiserem concorrer a uma das vagas, devem ter boas
notas, domínio da língua inglesa e ter participado de trabalho
voluntário por, no mínimo, um ano. As inscrições podem ser feitas até o
dia 12 de agosto pelo site. A viagem ocorre em janeiro de 2019.
Em 16 edições, 572 jovens brasileiros participaram do programa. E
quem participou, garante que a experiência muda perspectivas. É o caso
do economista e cientista político, Giovani Rocha, 26 anos, Jovem
Embaixador do Programa em 2009. Negro, filho de empregada doméstica e
auxiliar de mecânico, ele mora na periferia do Rio de Janeiro. “Antes
dessa vivência, eu tinha um pensamento limitado. Quando voltei, quis
trabalhar com algo que fizesse impacto na vida das pessoas”, destacou.
Para cumprir seu objetivo, seguiu como voluntário do projeto Líderes
do Amanhã, trabalhou como consultor do Banco Mundial apoiando o
Ministério da Educação na reforma do ensino médio e, em agosto, embarca
para os Estados Unidos. Vai cursar mestrado em relações raciais no
Brasil, política pública, racismo e impacto, tendo o curso custeado
integralmente pelo governo americano.
“O Jovens Embaixadores foi essencial para eu enxergar esse objetivo.
Quero um Brasil com uma perspectiva maior, mostrar o negro em posições
que não sejam marginalizadas. As mudanças são complexas de serem feitas,
mas os resultados vão aparecer”, enfatizou.
Agência Brasil
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