Na última quarta, 30, a Polícia Federal deflagrou uma operação para
desarticular suposta organização criminosa integrada por políticos e
servidores que teria cometido fraudes na concessão de registros de
sindicatos pela pasta.
Segundo as investigações da Polícia Federal:
- Os registros de entidades sindicais no Ministério eram obtidos mediante pagamento de vantagens indevidas;
- Não era respeitada a ordem de chegada dos pedidos ao ministério;
- A prioridade era dada a pedidos intermediados por políticos;
- A operação apontou um “loteamento” de cargos do Ministério do Trabalho entre os partidos PTB e Solidariedade.
De acordo com a portaria publicada nesta sexta, o secretário de Relações
do Trabalho, Eduardo Anastasia, determinou que em um prazo de dez dias
sejam levantadas as informações sobre todos os processos relacionados à
concessão ou ao cancelamento de registros sindicais na pasta. Ele também
solicitou que seja disponibilizada uma lista com todas as cartas
sindicais emitidas ou recusadas nos últimos 30 dias com o número de
processo de cada uma delas.
Procurada, a assessoria do ministério disse que a publicação da portaria
nesta sexta foi uma “coincidência” e que a decisão não tem relação com a
operação. Apesar disso, o próprio texto da portaria afirma que as
providências foram tomadas “no bojo da ação cautelar nº 4388”, que é
justamente o número do processo da operação no Supremo Tribunal Federal.
G1
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