Conforme os dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da
Silva, o câncer de pulmão é a terceira morte mais frequente entre os
homens brasileiros que adquirem a doença. O mais letal continua sendo o
câncer de pele não melanoma. Com objetivo de encontrar formas menos
invasivas e mais precisas para combater a patologia, cientistas chineses
testarão em humanos uma inovadora técnica de edição genética. Ela
promete curar pacientes com a doença.
De acordo com informações do periódico britânico The Telegraph, deste
sábado (23), os primeiros doentes a passarem pelo procedimento serão os
afetados pelo câncer de pulmão. Os testes começarão em agosto. A equipe
de oncologia do hospital Oeste da Universidade de Sichuan em Chengdu
(China), será a responsável pela pesquisa. Os doentes selecionados para o
estudo serão aqueles em que os tratamentos com radioterapia e
quimioterapia se mostraram ineficazes.
Chamada pela ciência de CRISPR, a técnica que até pouco tempo seria tida
como improvável de ser realizada, consiste em encontrar, remover e
substituir partes específicas do DNA. O principal objetivo do
procedimento visa adicionar uma nova sequência genética para ajudar o
sistema imunológico do paciente a destruir as células cancerosas. Se os
chineses obterem êxito no experimento que será realizado em breve,
enfermos afetados pela doença terão uma nova chance de vencer a mazela.
Além de curar o câncer, pesquisadores almejam usar a edição genética no
combate a diversos tipos de doenças, como a anemia falciforme, por
exemplo. Eles também pretendem ultrapassar a área da saúde, ao
utilizarem o método nas lavouras, na criação de culturas resistentes às
pragas.
Embora a edição genética continue controversa, médicos explicam que a
técnica é diferente da modificação genética, empregada com frequência na
elaboração de alimentos transgênicos. No início deste ano, o órgão que
regula a Fertilização e a Embriologia humana na Grã-Bretanha, aprovou um
pedido do Crick Institute Francis, para usar a edição genética em
embriões. A entidade busca meios inovadores para tratar doenças como o
câncer; doenças cardíacas; acidente vascular cerebral; infecções e
doenças neurodegenerativas.
Ainda que esse método esteja apenas no início, ao que tudo indica, num
futuro próximo a medicina será menos invasiva. Ela poderá eliminar por
completo os danosos efeitos colaterais no tratamento do câncer e de
outras patologias.
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