Os entraves que existiram para Tite recusar a seleção brasileira
recentemente, na avaliação de diversas pessoas próximas a ele, ficaram
pelo caminho. Neste momento, por várias dessas razões, o treinador do
Corinthians está inclinado a aceitar um terceiro convite para ser o
treinador do Brasil.
A condição essencial para abrir qualquer
tipo de conversa é que Dunga seja demitido. Tite, em passado recente, já
levou ao conhecimento das pessoas da CBF de que não ouviria qualquer
tipo de oferta se a seleção brasileira tivesse um treinador empregado.
Nesta terça-feira, o presidente da entidade, Marco Polo Del Nero, tem
reunião com Gilmar Rinaldi e o próprio Dunga, ambos bastante
fragilizados dentro da entidade.
Além desse principal entrave, a Copa Libertadores também ficou para
trás, e há a ideia muito clara de que não haverá uma nova oportunidade
na seleção no ciclo até a Copa do Mundo da Rússia. O Brasileirão permite
uma troca de comando e daria ao Corinthians tempo de se reestruturar.
As pessoas da confiança de Tite já estão cientes de que, a partir de
uma decisão em torno de Dunga, a posição do treinador corintiano será
diferente caso tenha um novo convite. A ideia dele, asseguram esses
profissionais, é levar à seleção brasileira toda a estrutura de comissão
que conduziu o Corinthians ao título da Série A 2015 nesta passagem e à
Copa Libertadores e Mundial de Clubes em 2012.
Nesta lista
estão o gerente de futebol Edu Gaspar, os auxiliares Fábio Carille,
Matheus Bacchi e Cléber Xavier, o preparador de goleiros Mauri Lima e o
fisioterapeuta Bruno Mazziotti, além de dois profissionais que integram a
comissão de Dunga: o preparador físico Fábio Mahseredjian e o analista
de desempenho Fernando Lázaro.
Nesta manhã, dia de
reapresentação após a derrota para o Palmeiras e logo após a eliminação
brasileira na Copa América, Tite internamente previu que a pressão em
torno de seu nome voltaria a crescer no Corinthians. Preferiu, porém,
não falar a respeito do tema.
Dentro do próprio clube, há
consenso de que ninguém irá mexer uma palha para prejudicar o sonho
profissional do treinador. Ele está livre contratualmente e tem na
relação com o presidente Roberto de Andrade um trunfo para ser liberado.
A decisão será exclusivamente dele em contato com seus familiares.
As pessoas do círculo de confiança de Marco Polo Del Nero também são
unânimes em apontar o nome de Tite como a única alternativa viável entre
treinadores brasileiros.
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