Morreu a empresária Yolanda Queiroz, aos 87 anos, nesta sexta-feira, 17.
Ela estava no Hospital Monte Klinikum. A causa da morte não foi
divulgada.
Nascida em Fortaleza, em 12 de novembro de 1928, Yolanda Queiroz era
filha de Maria Pontes Vidal e Luis Vidal. Viúva do empresário Edson
Queiroz, fundador do Grupo Edson Queiroz, dona Yolanda, como era
chamada, tornou-se presidente do conglomerado quando o marido morreu, em
1982.
Foi então que assumiu a Presidência da holding de empresas com negócios
de distribuição de GLP (gás domiciliar), água mineral e bebidas prontas,
tintas, eletrodomésticos e agroindústria. Além do grupo de comunicação
Edson Queiroz, Universidade de Fortaleza (Unifor) e a Escola de
Aplicação Yolanda Queiroz, inaugurada em 1982, que oferece educação
gratuita, atualmente, a cerca de 550 crianças do Jardim I até a 1ª série
do ensino fundamental, que vivem no entorno do campus da Unifor.
No entanto, mesmo antes de assumir o cargo de presidente, Yolanda teve
atuação primordial na construção do Grupo. Casou-se em 1945 e Edson a
considerava “fonte de inspiração”. O marido contava que sempre a
consultava para saber sua opinião antes de toda decisão importante.
O casamento
Edson e Yolanda se conheceram em 28 de fevereiro de 1945, na praça do
Carmo, quando ela tinha 16 anos. Conta-se que Edson estava sentado num
banco. Conversaram naquele dia e, um mês e 18 dias depois, já estavam
noivos.
O fato é que pouco mais de seis meses depois do dia em que se
conheceram, casaram-se em 8 de setembro de 1945, na Igreja Nossa Senhora
do Carmo. O casal teve seis filhos: Airton José Vidal Queiroz, em 14 de
agosto de 1946, Myra Eliane Vidal Queiroz, em 7 de novembro de 1947,
Edson Queiroz filho, de 6 de outubro de 1951, Renata Vidal Queiroz, em
11 de junho de 1954, e as caçulas Lenise Vidal Queiroz, em 25 de
setembro de 1956, e Paula Vidal Queiroz, em 25 de abril de 1958.
Papel de mãe e esposa
Conhecida por ter pulso firme no papel de mãe, Yolanda controlava os
horários de brincar e estudar dos filhos. Como o marido costumava viajar
a trabalho constantemente para o Exterior, ela assumiu a tarefa de
cuidar das crianças.
Outra história de Yolanda era a de que mandou fazer um chaveiro para o
marido com espaço para oito nomes e datas. Isso porque Edson costumava
esquecer a data de aniversário dos filhos. Dois espaços acabaram ficando
vazios, pois antes o desejo de dona Yolanda era ter oito crianças e
acabou parando no sexto. Dos seus filhos nasceram 15 netos e 28
bisnetos.
Esposa dedicada, ela fazia questão de escolher o prato do marido. Sabia
tudo o que ele gostava de comer. Preferia carne grelhada, peixe e
feijão, além das sobremesas coco ralado com rapadura e doces caseiros.
Seu papel ao lado de Edson era lhe dar tranquilidade, ser conselheira e
ouvinte.
Empresária
Após a morte do marido, Yolanda assumiu a Presidência do grupo,
auxiliada pelos filhos Airton e Edson, continuando assim a sua expansão.
Por sua atuação, recebeu, em 2001, a Medalha do Mérito Industrial
outorgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e em 2007, a
Ordem do Mérito Industrial através da mesma instituição.
Em 2010, é agraciada com a Medalha Antônio Drumond, em homenagem aos 40
anos da TV Verdes Mares. Em 2012, foi homenageada com o Diploma de Sócia
Honorária da Casa do Ceará, em Brasília. Ainda, recebeu o prêmio
Personalidade do Ano, em Nova York, outorgado pela Câmara de Comércio
Brasil-Estados Unidos, em 2008.
Homenagem
Na noite desta sexta-feira, 17, estava marcada uma homenagem da
Federação do Comércio, Bens e Serviços do Estado do Ceará
(Fecomércio-CE), durante a solenidade de entrega da Medalha Clóvis
Arrais Maia. Diante do falecimento, o evento foi cancelado.
TONKA CDS
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