terça-feira, 6 de agosto de 2019

Bruxismo, que custou R$ 157 mil a Feliciano, afeta milhões de brasileiros e prejudica o sono

O bruxismo caiu na boca do povo depois da notícia de que o deputado Pastor Marco Feliciano (Podemos-SP) solicitou à Câmara um reembolso de R$ 157 mil para cobrir gastos referentes a um tratamento odontológico.

A doença é caracterizada pelo hábito de ranger ou apertar os dentes durante o sono. A tensão muscular pode provocar dores de cabeça e nos músculos do rosto, desgaste e amolecimento dos dentes.

Nos casos mais graves, podem ocorrer também problemas ósseos, na gengiva e na articulação da mandíbula. A doença também afeta a qualidade do sono por provocar microdespertares durante a noite.

O bruxismo acomete entre 8% e 12% dos adultos no Brasil. Nas crianças, o número pode chegar a 20% e até 5% dos idosos, segundo Cibele Dal Fabbro, vice-presidente da Associação Brasileira de Odontologia do Sono.

A doença não tem cura, e os episódios podem ser agravados pelo estresse.

— O objetivo do tratamento é aliviar a tensão exagerada na musculatura – explica Daniela Fernandes, especialista em ortodontia da Clínica Reference Smile.

Por isso, terapia psicológica ou acompanhamento psiquiátrico também são indicados para tratar a causa dos desequilíbrios emocionais que agravam a doença.

Na maioria das vezes, a pessoa só descobre que é portadora de bruxismo se alguém presenciar o ranger dos dentes enquanto ela dorme ou quando procura assistência médica ou odontológica com os sintomas já instalados.

A placa miorrelaxante é o tratamento mais recorrente para bruxismo e custa a partir de R$ 2 mil. O aparelho odontológico está disponível no Sistema Unificado de Saúde (SUS) Foto: Fábio Rossi / Agência O Globo
A placa miorrelaxante é o tratamento mais recorrente para bruxismo e custa a partir de R$ 2 mil. O aparelho odontológico está disponível no Sistema Unificado de Saúde (SUS) Foto: Fábio Rossi / Agência O Globo
 
Como noticiado no último sábado (3), Marco Feliciano solicitou um reembolso em abril de R$ 157 mil à Câmara dos Deputados para cobrir gastos referentes a um tratamento odontológico. 
 
O GLOBO 

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