segunda-feira, 22 de julho de 2019

Banco Mundial injetará US$ 100 milhões no Ceará

O Banco Mundial aprovou o projeto para pequenos produtores rurais cearenses acessar a mercados, promover a adaptação dos agricultores a condições climáticas severas e expandir serviços de água e saneamento, na última quinta-feira,18. O programa beneficiar mais de 90 mil moradores da zona rural do Ceará, com o investimento de US$ 100 milhões. O projeto Desenvolvimento Rural Sustentável e Competitividade do Ceará (Fase II) busca preparar os pequenos produtores para lidar com problemas associados ao clima.
O estado do Ceará é um dos mais secos do Brasil e sofre com estiagens prolongadas e desertificação, tendo 91% de seu território em regiões semiáridas. Segundo estudos do Banco Mundial, nos últimos seis anos, a produção de milho, feijão e arroz e a criação de animais (bovinos, suínos e aves) foram afetadas por uma seca persistente, que levou a quedas na renda dos agricultores.
Para a economista agrícola da entidade internacional, Barbara Farinelli, “Nessa nova fase, o projeto vai dar maior ênfase na sustentabilidade dos investimentos, considerando o momento econômico do país e os desafios climáticos do estado”. Segundo a especialista do Banco Mundial, “O projeto vai levar os investimentos produtivos e de água para onde haja maior probabilidade de produzir impactos sustentáveis, aprimorar o processo de seleção e apoio técnico das organizações beneficiárias e dar ênfase a grupos vulneráveis, incluindo povos indígenas, mulheres e jovens.”
O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), destaca que esse é um dos principais projetos do seu governo. “Buscamos, cada vez mais, apoiar o agricultor rural, dando condições de trabalho e melhorando a infraestrutura. Valorizar a agricultura familiar sempre será uma prioridade nossa”, afirma o chefe do Executivo estadual.
“Este projeto ajudará a construir uma economia rural mais próspera, inclusiva e resiliente ao clima, melhorando as condições de desenvolvimento humano para a população rural do Ceará”, disse Paloma Anos Casero, Diretora do Banco Mundial para o Brasil. O investimento de US$ 100 milhões de dólares será feito por meio de um empréstimo, com contrapartida de 53,5 milhões de dólares. O prazo de vencimento é de 25 anos, com carência de cinco anos.
 
 
Focus.jor

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