Os criminosos permanecem presos após serem autuados em flagrante por latrocínio, na DHPP
O Ministério Público do Ceará (MP-CE) esclarece que todos os sete
suspeitos de envolvimento na morte da estudante universitária Cecília
Rachel Gonçalves Moura, 23 anos, permanecem presos, e que nenhum deles
foi solto em audiência de custódia após a captura em decorrência do
assassinato. Os sete – cinco homens e duas mulheres – já foram
denunciados pela promotoria, por crime de latrocínio (roubo seguido de
morte) e outros delitos.
Segundo esclarecimento do MP, parte dos envolvidos já tinha
antecedentes criminais e havia sido solta em audiências de custódia
realizadas anteriormente ao caso da universitária. Contudo, após o
assassinato de Cecília Rachel todos continuam detidos após serem
autuados em flagrante na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa
(DHPP).
Agindo de forma cautelar, o promotor de Justiça autor da denúncia
contra a quadrilha encaminhou ao juiz um pedido para que os indicados
permaneçam presos até o julgamento, dada a periculosidade da quadrilha. O
grupo vinha praticando assaltos em série nas ruas de Fortaleza,
roubando veículos de luxo que eram repassados para outros bandidos da
área do bairro Sapiranga-Coité, conforme indicaram as investigações
policiais.
Segundo a denúncia do MP, participaram do assassinato da estudante as
seguintes pessoas: Geanderson da Silva Barbosa (acusado de atirar na
vítima), Rodrigo Barbosa de Moura, Leonardo Lima do Nascimento, Antônio
Honorato Pinheiro Macedo Filho, Jeferson de Freitas Rodrigues, Antônia
Alexandre do Nascimento (mulher de Jeferson) e Jéssica Ferreira
Oliveira.
A quadrilha atuava em constantes assaltos no Parque Manibura e
bairros próximos cortados pela Avenida Washington Soares, como Cidade
dos Funcionários, Água Fria e Edson Queiroz. As duas mulheres eram as
“olheiras” do bando, isto é, se encarregavam de avisar os comparsas
sobre o melhor momento para atacar, sem a presença da Polícia.
Tiro fatal
Na manhã do dia 12 de abril passado, Cecília Rachel dirigia seu
veículo quando, ao chegar na Rua Vereador Pedro Paulo, a dois
quarteirões da Avenida Washington Soares, foi atacada pelos criminosos
que estavam em outro carro. Assustada na hora da abordagem, ela perdeu o
controle do carro e se chocou contra o muro de uma residência, ocasião
em que foi atingida com um tiro na cabeça. Chegou a ser socorrida por
populares e levada para o Instituto Doutor José Frota, onde horas depois
faleceu. A estudante era aluna de Direito e estagiava na 3ª Promotoria
de Justiça Auxiliar do Crime, da procuradoria Geral da Justiça; e no
Núcleo Criminal do Ministério Público Federal no Ceará (MPF-CE).
Jornalista Fernando Ribeiro
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