No primeiro trimestre de 2018, o Ceará exportou US$ 71,6 milhões em
calçados, valor 3,7% menor do que o do mesmo período de 2017. Essa marca
posiciona o estado como segundo maior exportador em dólares, porém
maior em quantidade de pares, do Brasil. Já as importações exibiram um
aumento de 73,4%, passando de US$ 2,4 milhões para US$ 4,2 milhões. Tal
elevação está relacionada com a aquisição de componentes para a
fabricação do produto final, como é o caso de partes superiores de
calçados, obtidos principalmente da China. Vale destacar que, se tais
itens forem utilizados no produto final a ser exportado, a indústria
fica desobrigada a pagar os diversos impostos da aquisição destes
componentes, através do regime especial conhecido como drawback,
tornando assim as empresas mais competitivas.
Sob o âmbito dos produtos exportados, percebe-se que o item “Calçados de
borracha ou plásticos, com parte superior em tiras ou correias”, assim
como em fevereiro, continua liderando o ranking, com US$ 27,8 milhões. A
Argentina ocupa a posição de principal destino das exportações
cearenses de calçados apesar de apresentar queda de 22,9% em relação a
2017. A Hungria mais do que dobrou as suas compras do calçado cearense,
chegando no acumulado de 2018, à US$ 2,4 milhões.
Ainda em relação a este segmento, quase 15% de tudo que é exportado pelo
Ceará provém do setor de calçados. O segmento, que é o que mais gera
empregos no Estado, foi também por muito tempo o líder em exportações.
Os calçados perderam o posto de principal setor exportador do Ceará para
o metal mecânico devido ao início das atividades da Companhia
Siderúrgica do Pecém. Os dados são do estudo Ceará em Come, elaborado
pelo Centro Internacional de Negócios (CIN) da FIEC.
Ceará Agora
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