A população cearense cresce de forma cada vez mais lenta nos últimos
anos. É o que revela a projeção populacional divulgada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira (25). A
estimativa do órgão é que em 2018 o Ceará atingiu a marca de 9.076.426
de habitantes, se mantendo como o 8º Estado mais populoso do Brasil. No
entanto, a projeção, baseada em probabilidades estatísticas, também
aponta que a população cearense atingirá seu limite em 24 anos (2043),
estimado em 9.795.742. Após isto, a tendência é de redução do número de
habitantes no Estado.
O crescimento de habitantes no Ceará entre 2017 e 2018 foi de 0, 63%. Em
números absolutos isto significa o incremento de 57.662 habitantes no
Estado de um ano para o outro. No período anterior, entre 2016 e 2017,
essa variação foi de 0,62%.A população cearense é superada em quantidade
pela de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do
Sul, Paraná e Pernambuco.
Os motivos para a redução populacional estimada para 2043, segundo o
IBGE, é a redução da taxa de fecundidade e o saldo migratório negativo,
pois, apesar de ser um movimento cada vez mais lento, o Ceará ainda
registra saída de habitantes rumo a outros estados.
O aumento da população entre 2017 e 2018 no Estado é menor que a
registrada no Brasil, pois conforme a projeção populacional, o
percentual de ampliação demográfica no país, nesse intervalo de tempo,
foi de 0,81%. Conforme os dados do IBGE, o Brasil, em 2018, registrou
208.494.900 de habitantes, uma diferença de 1.690.159 pessoas
registradas, entre 2017 e 2018.
No limite nacional, Brasil deve atingir o ápice populacional em 2047,
quando terá 233.233.670 de habitantes e a partir de então será iniciada a
redução populacional. Outros estados do Nordeste também atingirão
limite populacional antes do Ceará, são eles Piaui em 2032 e Bahia, em
2035.
Projeção ajuda na definição de distribuição de recursos
Segundo o IBGE, a “Projeção de População” é um cálculo demográfico das
27 unidades da federação, por idades (de zero a 90 anos ou mais), ano a
ano, de 2010 a 2060. O levantamento, explica o IBGE, segue métodos
demográficos recomendados pela Divisão de População das Nações Unidas.
A estimativa populacional, além de ser referência para vários
indicadores sociais, econômicos e demográficos, subsidiar a formulação
de políticas públicas é também um dos parâmetros usado pelo Tribunal de
Contas da União (TCU) no cálculo do Fundo de Participação de Estados e
Municípios. A divulgação anual dessa projeção cumpre o artigo 102 da Lei
nº 8.443/1992 e à Lei complementar nº 143/2013.
Diário do Nordeste
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