quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Preços de combustíveis no Ceará estão sendo investigados pelo DECON e OAB

O Programa de Defesa do Consumidor do Ceará (Decon) e a Ordem dos Advogados do Brasil Secção Ceará (OAB/CE) investigam a prática de cartel em postos de combustível no interior do estado. O órgão também já entrou com ação contra alguns postos do Ceará que praticam preços abusivos.
De acordo com o assessor jurídico do Decon, Ismael Braz, o órgão já recebeu denúncias de três postos de bandeiras diferentes em um mesmo município que praticam o mesmo preço na gasolina. “Nós recebemos a denúncia, instruímos procedimentos e encaminhamos para o procurador geral de Justiça”, diz.
Em janeiro de 2018, a gasolina do Ceará era a mais cara do Nordeste, custando, em média, R$ 3,98 por litro. Depois vinha o Rio Grande do Norte (R$ 3,92) e a Bahia (R$ 3,75). Os dados foram recolhidos pela Agência Nacional de Petróleo.
Entre dezembro de 2017 e janeiro de 2018, o preço da gasolina no Ceará aumentou quase 5%, chegando a custar R$ 4,39 em Fortaleza.
O alto preço da gasolina no Ceará motivou a Ordem dos Advogados do Brasil Secção Ceará (OAB/CE) a convocar uma audiência pública entre representantes dos direitos do consumidor e donos de postos de combustível. O encontro aconteceu nesta terça-feira (27).
“O Ceará hoje detém um dos preços mais altos do Nordeste do Brasil. Ele puxa o alto preço dos combustíveis. É dentro dessa dinâmica de entender essa majoração excessiva, muitas vezes acima do período inflacionário, é que nós estamos trazendo essa discussão. Por entender que esses aumentos constantes, o alto preço, impacta diretamente na vida do consumidor, que é um vulnerável, um hipossuficiente. Portanto necessita de um olhar por parte das instituições”, comenta o presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da OAB/CE, Sávio Aguiar.
O representante do Sindicato dos Donos de Postos de Combustíveis, Paulo Sérgio Vasconcelos, afirmou que a composição do preço do combustível é bastante influenciada pelos impostos, e esse seria o motivo de um preço mais alto no Ceará.
 
 
G1 CE

Nenhum comentário:

Postar um comentário