O som da bola na rede, motivo de alegria da maioria dos jogadores, é
sinônimo de pesadelo para os atletas que, em campo, ocupam a posição
que todos chamam de ingrata. Nesse dia 26 de abril comemora-se o dia do
goleiro, a data homenageia o nascimento de Manga, ex-jogador do Sport
Recife, Botafogo, Nacional do Uruguai, Internacional de Porto Alegre,
Curitiba, Grêmio, Operário do Mato Grosso do Sul e, por fim, o Barcelona
do Equador. Além de defender a seleção brasileira na copa de 1966,
encerrando sua carreira em 1982.
Ser goleiro é
ir contra aquilo que é o prazer do futebol, o gol. As palavras são de
Marcelo Boeck, goleiro do Fortaleza Esporte Clube. O goleiro tricolor
destaca dois momentos difíceis para quem defende as redes: não jogar e
as falhas cometidas durante as partidas.
“É
algo difícil quando você não joga e o mesmo quando você falha, é triste.
Você sente que poderia ter feito mais, e já começa a pensar no jogo
seguinte, na oportunidade de dar a volta por cima”, declara.
Boeck
afirma que os momentos marcantes superam os de tristeza e relembra as
defesas importantes contra o Tupi/MG, jogo que deu o acesso para a
segunda divisão brasileira ao Fortaleza, depois de oito anos na série C.
"Quando você consegue fazer defesas como naqueles dois jogos, aqueles
momentos se tornam marcantes. A gente dá prazer a nós mesmos, a nossa
família, a torcida, aos nossos filhos e isso são coisas que o dinheiro
não compra", diz.
Everson, goleiro do Ceará
Sporting Club desde 2015, afirma que "nasceu goleiro" e que desde
criança nunca quis mudar de posição, sempre teve prazer em impedir os
gols dos adversários. "É uma profissão de muita responsabilidade, de
alto risco, mas é uma posição muito prazerosa", confessa.
Quando
se trata de momentos que irão ficar na memória do goleiro alvinegro,
Everson destaca a partida contra o Macaé/RJ, quando foi um dos
responsáveis por evitar a queda do clube cearense para a terceira
divisão nacional, em 2015. “Conseguir impedir o adversário de marcar no
final do jogo e ver 50 mil torcedores comemorarem como se fosse um gol
chega a arrepiar”, conta.
O sonho
Bruno
Menezes, 14 anos, sonha em ser jogador profissional e defender a meta
de grandes clubes brasileiros. Estudando e treinando futsal o goleiro
mirim sabe que a caminhada é longa, mas que o sonho é possível. “Todos
eles tiveram dificuldades, ontem mesmo eu vi uma entrevista em que o
Rogério Ceni falou que morou durante anos embaixo das arquibancadas do
Morumbi. Eu sei que o caminho é difícil, mas eu vou tentar.”, afirma o
garoto.
No futsal, Bruno encontrou a posição
que se encaixou. “Eu não tinha tanta habilidade nas outras posições,
então, sempre me mandavam para o gol. Comecei a gostar e hoje já defendi
até pênalti em final de interclasse no colégio”, conta com orgulho.
A esperança
Em
ano de copa do mundo, a seleção brasileira já tem seu goleiro titular
praticamente certo. Alisson Becker, goleiro do Roma/ITA, já vestiu a
camisa verde e amarela 24 vezes, e sofreu 11 gols.
Goleiro artilheiro
Rogério
Ceni, atualmente técnico do Fortaleza, é dono do título de maior
goleiro artilheiro da história do Futebol, com 132 gols, enquanto atuava
pelo São Paulo.
Menos Vazado
O
goleiro com mais tempo sem sofrer gols também é brasileiro. Mazaropi,
ex-goleiro do Vasco da Gama/RJ, manteve a bola longe de suas redes
durante 20 jogos, no campeonato carioca de 1977 e 1978.
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