Um estudo publicado nesta segunda-feira (9) pela revista Nature Nanotechnology
detalha um novo adesivo que serve para medir o nível de glicose
através da pele, o que pode fazer com que milhões de diabéticos não
precisem usar agulhas para fazer as medições periódicas. A informação é
da EFE.
O adesivo extrai a glicose do fluido entre as células
epiteliais através dos folículos pilosos, aos quais tem acesso
individualmente graças a sensores em miniatura que usam uma pequena
corrente elétrica e recolhem a glicose em pequenos reservatórios para
medi-la.
As leituras do nível da substância podem ser feitas a
cada 10 ou 15 minutos ao longo de várias horas, segundo o estudo da
Universidade de Bath, no Reino Unido.
Graças a um conjunto de sensores e reservatórios, o adesivo não
precisa ser calibrado com uma mostra de sangue, o que torna
desnecessária a perfuração dos dedos, comum no processo de medição de
glicose.
Informe de baixo custo
A equipe
criadora do adesivo espera que este possa se tornar um dispositivo de
baixo custo que envie de maneira regular medições relevantes do nível de
glicose a smartphones e relógios smart do usuário e alerte se é
necessário tomar alguma medida.
"Uma grande vantagem" deste
dispositivo, segundo os pesquisadores, é que cada sensor em miniatura
pode operar em uma pequena área sobre um folículo piloso individual, o
que aumenta a precisão das medições.
Para este estudo, a equipe
testou o adesivo tanto na pele de porcos, onde demonstrou que podia ler
de maneira precisa os níveis de glicose em todas as categorias
observadas em pacientes humanos diabéticos, quanto em pessoas
voluntárias, nas quais também foi possível monitorar as variações de
açúcar no sangue ao longo do dia.
O próximo passo é melhorar o
design do adesivo para otimizar o seu número de sensores, demonstrar sua
total eficácia durante um período de 24 horas e realizar testes
clínicos fundamentais.
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