O Banco Mundial aprovou o projeto para pequenos produtores rurais
cearenses acessar a mercados, promover a adaptação dos agricultores a
condições climáticas severas e expandir serviços de água e saneamento,
na última quinta-feira,18. O programa beneficiar mais de 90 mil
moradores da zona rural do Ceará, com o investimento de US$ 100 milhões.
O projeto Desenvolvimento Rural Sustentável e Competitividade do Ceará
(Fase II) busca preparar os pequenos produtores para lidar com problemas
associados ao clima.
O estado do Ceará é um dos mais secos do Brasil e sofre com estiagens
prolongadas e desertificação, tendo 91% de seu território em regiões
semiáridas. Segundo estudos do Banco Mundial, nos últimos seis anos, a
produção de milho, feijão e arroz e a criação de animais (bovinos,
suínos e aves) foram afetadas por uma seca persistente, que levou a
quedas na renda dos agricultores.
Para a economista agrícola da entidade internacional, Barbara Farinelli,
“Nessa nova fase, o projeto vai dar maior ênfase na sustentabilidade
dos investimentos, considerando o momento econômico do país e os
desafios climáticos do estado”. Segundo a especialista do Banco Mundial,
“O projeto vai levar os investimentos produtivos e de água para onde
haja maior probabilidade de produzir impactos sustentáveis, aprimorar o
processo de seleção e apoio técnico das organizações beneficiárias e dar
ênfase a grupos vulneráveis, incluindo povos indígenas, mulheres e
jovens.”
O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), destaca que esse é um dos
principais projetos do seu governo. “Buscamos, cada vez mais, apoiar o
agricultor rural, dando condições de trabalho e melhorando a
infraestrutura. Valorizar a agricultura familiar sempre será uma
prioridade nossa”, afirma o chefe do Executivo estadual.
“Este projeto ajudará a construir uma economia rural mais próspera,
inclusiva e resiliente ao clima, melhorando as condições de
desenvolvimento humano para a população rural do Ceará”, disse Paloma
Anos Casero, Diretora do Banco Mundial para o Brasil. O investimento de
US$ 100 milhões de dólares será feito por meio de um empréstimo, com
contrapartida de 53,5 milhões de dólares. O prazo de vencimento é de 25
anos, com carência de cinco anos.
Focus.jor
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